Presidente sul-coreano esperava usar o evento como uma oportunidade para se relacionar com a Coreia do Norte
A Coreia do Sul fechou as cortinas dos Jogos de Inverno, no domingo, com atletas dançando e cantando juntos, em uma emocionante cerimônia de encerramento, embora tenha havido pouca afeição entre dignatários dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.
O Japão terminou em 11º lugar com 13 medalhas (quatro de ouro, cinco de prata e quatro de bronze), o melhor desempenho em toda a história da Olimpíada de Inverno.
A Noruega e a Alemanha conquistaram cada uma 14 medalhas de ouro. Os noruegueses venceram no total de medalha, com 39, contra 31 dos atletas alemães.
Em terceiro lugar ficou o Canadá, com 29 medalhas totais, seguido pelos Estados Unidos (23), Holanda (20), Suécia (14), Coreia do Sul (17), Suíça (15), França (15) e Áustria (14).
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que esperava usar os Jogos de Inverno como uma oportunidade para se relacionar com a Coreia do Norte, recebeu com entusiasmo a filha do presidente norte-americano, Donald Trump, Ivanka, antes de oferecer um breve aperto de mão ao líder da delegação norte-coreana, Kim Yong Chol.
Apesar da linguagem corporal fria, os esforços de Moon podem render frutos. O gabinente presidencial da Coreia do Sul afirmou, no domingo, que membros da delegação norte-coreana expressaram que o país está aberto a conversar com os Estados Unidos.
Ivanka sentou em uma posição central, ao lado da esposa de Moon, enquanto o norte-coreano Kim ficou uma fileira atrás, com um longo casaco preto e um chapéu peludo. A dois assentos dele, estava o general Vincent Brooks, o comandante das forças americanas na Coreia.
A presença de Kim na cerimônia de encerramento foi recebida com indignação por muitos na Coreia do Sul. O ex-chefe de inteligência da Coreia do Norte é acusado de orquestrar o ataque de 2010 contra um navio de guerra da Coreia do Sul.
Manifestantes sul-coreanos tentaram bloquear o comboio que levava Kim à cerimônia de encerramento.
Apesar das divisões e desconfianças entre as duas Coreias, ambas acordaram que seus atletas entrassem juntos nas cerimônias de abertura e encerramento, sob um cartaz de unificação. Além disso, usaram uma equipe unificada na competição feminina do hóquei no gelo.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, homenageou os atletas, dizendo que são um exemplo para o mundo.
"Vocês mostraram como o esporte pode unir as pessoas no nosso mundo frágil; mostraram como o esporte constrói pontes", disse. "O COI continuará com este diálogo olímpico, mesmo depois que a chama da Olimpíada estiver apagada."
"Nisto, somos movidos pela nossa fé no futuro."
Durante o seu discurso, Bach convidou vários atletas a se juntarem a ele no palco, inclusive o medalhista de ouro no Skeleton, o sul-coreano Yun Sung-bin, o norte-coreano Ryom Tae Ok, da patinação artística, o esquiador americano Lindsey Vonn e o porta-bandeiras de Tonga, Pita Taufatofua.
Bach encerrou pedindo que a juventude do mundo se reúna em Pequim, em quatro anos, para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.
A cerimônia mostrou a tecnologia de ponta da Coreia do Sul, com um incrível drone desenhando o mascote dos Jogos, Soohorang, um tigre branco, no céu escuro, enquanto atletas marcharam no estádio, muitos vestindo suas medalhas.
A bandeira da Rússia, ausente na cerimônia de abertura, mais uma vez não foi vista, depois que o COI decidiu que não anularia a suspensão do país.
Foi um dia amargo para os atletas russos que, após a felicidade de uma vitória acirrada na competição de hóquei no gelo no domingo, tiveram que marchar sem sua bandeira.
Os russos foram forçados a competir como atletas neutros em Pyeongchang, como punição do COI por anos de escândalos de doping, envolvendo alegação de que os russos realizavam um programa sistemático e apoiado pelo governo para dopar seus atletas.
Fonte: Alternativa com Reuters
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