Cerimônia é realizada para terminar as relações de forma amigável. A procura aumentou depois do terremoto em março.
Tudo é feito como se fosse um casamento, ou quase isso. O casal entra sob o aplauso dos convidados. E começam as diferenças: no lugar do padre ou juiz, um planejador de divórcios, como ele se denomina. Um dos principais momentos desta cerimônia também é o das alianças, mas ela é esmagada com um martelo.
O novo solteiro, Tomoharu Saito, conta que estava nervoso: "Achei que não conseguiria quebrar a aliança", afirma, provavelmente se referindo tanto à peça de metal quanto ao relacionamento.
Depois, a aliança é jogada na boca de um sapo. Essa parte é engraçada, mas tem um significado: o sapo, para os japoneses, significa mudança, ou seja, marca o início de uma nova vida. Tem também o momento do buquê, que é jogado pelo noivo, bem ao contrario do casamento.
Assim como no caso das noivas, as candidatas ao divórcio também escolhem roupas especiais. O estilista Akiue Go explica que o modelo é aberto na parte de trás, para que as costas apareçam e a mulher fique mais bonita na hora que se virar e for embora.
A nova solteira, Miki Saito, disse que tomou a decisão depois do terremoto que aconteceu em março, porque sentiu vontade de voltar a morar com os pais.
O organizador de divórcios, Hiroki Terai, era vendedor antes de descobrir esse novo filão. Disse que os negócios melhoraram muito depois do terremoto e as pessoas estão procurando essas cerimônias para terminar as relações de forma amigável.
As tragédias, como o terremoto e o tsunami, fizeram muitos japoneses repensarem suas vidas, principalmente quando se trata de relacionamentos. Se muitos terminaram casamentos que vinham patinando, um número ainda maior percebeu que, se é terrível passar por uma tragédia, pior ainda sozinho.
Segundo agências de relacionamento, a procura por um parceiro aumentou em 36% entre as mulheres e 26% entre os homens. O número de casamentos cresceu 20%.
Fonte: Jornal Hoje/Foto: Reuters
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