São cinco tanques, que recebem a água dos rios cheios, ligados por tubos de mais de seis quilômetros de comprimento. Cada reservatório tem 77 metros de profundidade. Ali caberiam o Cristo Redentor, a Estátua da Liberdade e até um ônibus espacial.
No Japão, o governo investiu bilhões para prevenir a cheia dos rios nos arredores da capital, Tóquio. O correspondente Roberto Kovalick mostra que o projeto tem funcionado.
Não precisava de muita chuva para região de Saitama, nas cercanias de Tóquio, virar um lago. É atravessada por 11 rios, que transbordavam várias vezes por ano. Uma construção, que parece um abrigo antiaéreo, dá acesso à gigantesca solução encontrada pelos japoneses. A construção foi apelidada de "o templo subterrâneo", porque se parece com uma enorme catedral.
São cinco tanques ligados por tubos de mais de seis quilômetros de comprimento. Os tanques recebem a água dos rios cheios, que é lentamente despejada no Rio Edo, que tem menos riscos de transbordar.
A capacidade é de 670 mil toneladas, tanta água que, só depois de dez horas de chuva muito forte, o sistema começa a fazer o bombeamento para o Rio Edo. Cada reservatório tem 77 metros de profundidade. Ali caberiam o Cristo Redentor, a Estátua da Liberdade e até um ônibus espacial.
A tal catedral subterrânea é a última parte a encher e serve para controlar o fluxo entre os tanques e o rio. São 177 metros de comprimento, 18 metros de altura, o tamanho de um prédio de seis andares.
Não seria um ótimo cenário para um filme? E é mesmo. Só no ano passado, houve 172 gravações no local, em média uma a cada dois dias, de comerciais, documentários, séries de TV e filmes, geralmente de super-heróis ou ficção científica. Porque o lugar parece mesmo de outro mundo.
Na hora da visita do Jornal Nacional, a sala de controle estava vazia, porque não havia chuva prevista para o momento. Mas o administrador, Takashi Komiyama, mostra que, se houver risco de enchente, o computador envia uma mensagem por celular para os funcionários e todos correm para a sala.
A obra custou o equivalente a mais de R$ 3,6 bilhões. Mas, só no ano passado, livrou a região de quatro enchentes. O reservatório também virou uma atração turística.
Um homem disse que ficou impressionado: "Nem parece que a gente está embaixo de uma área residencial," disse ele.
Os administradores do piscinão fazem questão de receber visitas. Dizem que, desde que o complexo ficou pronto em 2006, os moradores da região estão esquecendo dos riscos das enchentes.
Fonte: Jornal Nacional
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