segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Voos no Japão são quase sempre pontuais

Os japoneses conseguem isso com tecnologia e boas ideias. Até engravatados ajudam o pessoal da faxina a limpar os aviões.
Os aeroportos e as companhias aéreas mais pontuais do mundo estão no Japão. O correspondente Roberto Kovalick mostra como os japoneses atingiram essa eficiência.
Um dia tranquilo no escritório da companhia aérea até que o sistema de som faz o alerta. Os funcionários largam o trabalho. Pela pressa, dá para imaginar que houve um incêndio, um acidente. É outro tipo de emergência: um avião pousa com 22 minutos de atraso.
A missão dos engravatados do escritório é ajudar o pessoal da faxina a limpar o avião para o próximo voo. Um rapaz diz que não se importa em fazer uma tarefa que é não a dele. O importante é deixar os passageiros satisfeitos.
A companhia aérea calcula que essa mãozinha da turma do escritório ajuda o avião a recuperar cinco minutos do atraso. Parece pouco, mas dezenas de iniciativas como esta fazem uma grande diferença. O Japão tem os dois aeroportos e as duas companhias aéreas mais pontuais do mundo.
A Japan Airlines e o aeroporto de Haneda, em Tóquio, são os campeões mundiais de pontualidade, com cerca de 90% dos voos no horário. Se não fossem organizados, as filas seriam imensas: Haneda é o aeroporto mais movimentado do Japão, com 62 milhões de passageiros por ano.
Os japoneses conseguem isso com tecnologia e boas ideias: um monorail pega os passageiros no Centro de Tóquio e os deixa dentro do aeroporto em 30 minutos. Assim eles não perdem tempo no trânsito.
O check-in pode ser feito em máquinas, como em alguns aeroportos brasileiros, ou no balcão, para quem carrega malas. Ali, os funcionários são treinados para fazer o atendimento de cada passageiro em 40 segundos.
O passageiro pode ainda fazer o check-in em casa e a confirmação vem por meio de um tipo de código de barras, no celular. É só passar o aparelho no leitor e ir para o avião.
Um passageiro disse que não dá para perder algo tão precioso como o tempo.
Fonte: Jornal Nacional

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