Pratos se relacionam com as estações do ano, com as celebrações.
Entretanto, as escolas de culinária estão perdendo alunos.
A comida japonesa recebeu da Unesco o registro de patrimônio imaterial da humanidade. Ingredientes sempre frescos, pratos que se relacionam com as estações do ano, com as celebrações.
Escolher a faca ideal para cada corte, conhecer a origem dos ingredientes, entender até o movimento das correntes marinhas e dizer de onde vem o melhor pescado. Tudo isso é fundamental para fazer uma comida japonesa de qualidade.
Entretanto, apesar do título e da tradição, as novas gerações não estão tão interessadas pela culinária. Em Kunitachi, nos arredores de Tóquio, uma escola de culinária forma futuros chefs na cozinha japonesa e ocidental e espera que o reconhecimento da Unesco atraia alunos, já que o número de inscritos vem diminuindo com o passar dos anos.
Hoje não passam de um terço do que havia há 10 anos. O professor acredita que a falta de interesse vem do desafio que é cozinhar algo tão complexo. “Na cozinha ocidental, a primeira garfada já te diz se o prato é bom ou não. Na japonesa a satisfação vem apenas no fim, depois de toda a experiência, o conjunto da refeição”. Contam a textura, o aroma, a apresentação da comida.
Fonte: Jornal Hoje
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