sábado, 16 de julho de 2011

Japoneses desenvolvem tecnologia para se proteger de tremores de terra

Foi graças a algumas tecnologias que Tóquio passou quase intacta pelo terremoto, de quatro meses atrás, que teria arrasado qualquer outra metrópole fora do país.
Faz pouco mais de quatro meses que um terremoto e um tsunami devastaram a costa leste do Japão. Foi uma tragédia que o mundo inteiro acompanhou. Mas o Japão é um país acostumado com tremores de terra. E, por isso mesmo, os japoneses foram obrigados a desenvolver formas de se proteger.

O correspondente Roberto Kovalick mostra que essa preocupação acabou evitando que o desastre fosse ainda maior.

Quando ficar pronta, no começo do ano que vem, a nova torre de TV de Tóquio terá 634 metros de altura. Será a segunda maior estrutura do planeta, perdendo apenas para o arranha-céu Burj Khalifa, em Dubai.

No meio da torre de TV de Tóquio, haverá lojas e restaurantes. Agora, você almoçaria tranquilo a mais de 300 metros de altura sabendo que, na capital japonesa, a qualquer momento pode acontecer um terremoto?

Para evitar que a gigantesca torre despenque com um terremoto, os engenheiros e arquitetos japoneses criaram novos e revolucionários sistemas de proteção.

Um deles é um pêndulo de concreto de 350 metros, bem no meio da torre. Quando ocorre um terremoto, a torre vai para um lado e ele para o outro, absorvendo metade da força do tremor.
A casa do engenheiro Kenji Higuchi tem uma tecnologia que parece de ficção científica. Quando ocorre um terremoto, ela começa a flutuar. Lá dentro, há um sensor de terremotos. Do lado de fora, tanques de ar comprimido.

Quando o sensor percebe um terremoto, aciona o sistema, que injeta ar embaixo da casa. Ela fica em cima de uma espécie de balão, ligada ao solo apenas por abas laterais de aço, que impedem a saída do ar.

Os encanamentos de água e esgoto têm sanfonas para não se romperem quando a casa é erguida.

Um teste feito com o equipamento, simulando um terremoto, mostra que a casa fica a 50 centímetros do solo.

Se não fosse a régua e o barulho nem dava para perceber que a casa foi erguida.

O engenheiro conta que, no terremoto do dia 11 de março, ele estava lá dentro e só viu que o tremor era forte porque os prédios em volta balançavam.

"Minha mãe", diz ele, "dormia no segundo andar e nem acordou. Só ficou sabendo da gravidade quando viu na televisão.

Foi graças a tecnologias como essas que Tóquio passou quase intacta por um terremoto que teria arrasado qualquer outra metrópole fora do Japão.

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