segunda-feira, 9 de março de 2020

Tragédia de 11 de março vai completar 9 anos; Japão cancela cerimônia

Mais de 15 mil pessoas morreram e cerca de 2,5 mil continuam desaparecidas
usina de Fukushima

A tragédia de 11 de março de 2011 vai completar nove anos na próxima quarta-feira, mas o Japão decidiu cancelar a cerimônia oficial realizada todos os anos em Tóquio, em meio aos esforços do governo para evitar a propagação do coronavírus.

Cerca de 700 pessoas, incluindo o primeiro-ministro Shinzo Abe, altos funcionários do governo e parlamentares, deveriam participar da cerimônia para marcar os 9 anos do forte terremoto e do tsunami que atingiram a região Tohoku, causando também um grave desastre nuclear na usina de Fukushima.

Mais de 15 mil pessoas morreram e cerca de 2,5 mil continuam desaparecidas, principalmente nas províncias de Miyagi, Iwate e Fukushima.

A radiação que escapou da usina nuclear obrigou a evacuação de moradores nas cidades próximas, algumas das quais permanecem abandonadas dentro de uma zona de exclusão.

O revezamento da tocha que levará a chama olímpica para os Jogos de Tóquio em julho começará na província de Fukushima em 26 de março, passando por todas as províncias do Japão.

Ecossistema pós-tsunami
Uma equipe norte-americana de especialistas em meio ambiente pesquisou uma área na região Tohoku atingida pela tragédia.

A equipe do Centro de Pesquisa do Meio Ambiente Smithsonian visitou uma lagoa na cidade de Rikuzentakata (Iwate), que foi conectada ao oceano após o grande tsunami.

Obras estão em andamento para construir um quebra-mar visando a substituir bancos de areia que separavam a lagoa do oceano, e que foram levados pelo tsunami. Trabalhadores também estão construindo barreiras ao longo dos rios que desembocam na lagoa.

Pesquisadores analisam a topografia e o fluxo da água para observar se criavam ou não baixios e mangues que recuperassem o ecossistema da lagoa, sem trazer grandes mudanças para as obras.

Recuperar o ecossistema costeiro tem sido um desafio para a cidade, já que a pesca de abalone e outros tipos de vida marinha caiu muito após o desastre.

Os cientistas dizem que se as condições ambientais da lagoa apresentarem melhoras, o mesmo pode ocorrer no mar ao seu redor. A equipe pretende apresentar sugestões ao governo local e outros grupos.
Fonte: Alternativa com Agência Brasil

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