quinta-feira, 21 de abril de 2011

Japão queimará escombros deixados pelo desastre para produzir energia

O Ministério da Agricultura do Japão planeja utilizar a madeira dos escombros deixados pelo terremoto e o posterior tsunami de 11 de março para gerar eletricidade, informou nesta terça-feira a emissora "NHK".

O objetivo é compensar o déficit energético esperado para os quentes e úmidos meses de julho, agosto e setembro, quando o consumo de ar-condicionado dispara.

Pelos cálculos do ministério, o desastre deixou quase dois milhões de toneladas de escombros de madeira capazes de produzir cerca de 200 mil quilowatts de energia.

Seis usinas de geração elétrica da região de Tóquio e do norte do país demonstraram interesse em transformar os escombros em material próprio para queimar.

O orçamento para a reconstrução que o Governo apresentará no fim deste mês no Parlamento (Dieta) inclui 2,5 milhões de euros para a compra de máquinas capazes de retirar os escombros.

Tóquio e seus arredores já sofreram cortes de eletricidade nos dias posteriores ao desastre que afetou a central de Fukushima Daiichi, operada pela Tokyo Electric Power Company (Tepco), e que também interrompeu as atividades em outras três usinas nucleares.

O Governo estimou um déficit máximo de 15 milhões de quilowatts em regiões abastecidas pela Tepco se o verão deste ano for tão quente quanto o do ano passado.

Para atenuar o déficit, o Governo japonês lançou no início deste mês um plano para limitar, no horário de pico durante o verão, o consumo de grandes e pequenos usuários em 25% e entre 15% e 20%, respectivamente.

Agora, a Administração estuda a revisão do planejamento, já que na última sexta-feira a Tepco melhorou suas previsões de produção.

Além disso, a agência "Kyodo" informou que o Governo do Kuwait decidiu doar ao Japão cinco milhões de barris de petróleo, avaliados em 45 bilhões de ienes (383 milhões de euros).

O Japão, energeticamente muito dependente do exterior, importa quatro milhões de barris de petróleo por dia.
Fonte: G1 com EFE

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