Empresários brasileiros e japoneses estarão empenhados em tirar da estagnação o comércio bilateral entre os dois países na segunda e terça-feira próximas, 17 e 18 de maio, durante a 13ª Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Tóquio, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e por sua congênere japonesa, o Keidanren.
Para o gerente-executivo de Comércio Exterior da CNI, José Frederico Álvares, este é o momento ideal para expandir as negociações com o Japão. “A realização da Copa do Mundo em 2014 e da Olimpíada em 2016 é uma ótima oportunidade para se atrair investimentos de empresas japonesas, que já manifestaram grande interesse no trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo”, afirma Álvares.
Segundo ele, a balança bilateral está estagnada. Dados da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil revelam que, em 2009, as exportações brasileiras para o Japão somaram US$ 4,3 bilhões, numa redução de 30,5% sobre 2008. A maior parcela é de minérios. Máquinas e veículos responderam por mais de 50% das importações brasileiras do Japão no ano passado.
Estudo do Banco Japonês para a Cooperação Internacional (JBIC) aponta o Brasil como um dos quatro melhores mercados para investimentos. “Há um ambiente favorável para reverter esse quadro de estagnação e injetar maior dinamismo no comércio entre os dois países”, avalia o gerente- executivo de Comércio Exterior da CNI.
Haverá, no encontro, painel inteiramente dedicado às questões agrícolas. “O Japão impõe restrições a produtos agrícolas brasileiros, como carnes de frango e suína. Queremos discutir, no painel, não só a possibilidade de atenuar tais restrições como aprofundar as oportunidades de investimentos japoneses em energias renováveis, como a produção de etanol, e nas áreas de petróleo e gás”, informa Álvares.
Fonte: CNI
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